O aumento de número de pessoas dormindo na rua não é a única conseqüência do encarecimento das passagens de ônibus, tema da postagem anterior.
Se os mais pobres acabam não tendo outra saída, se não dormir nas ruas da cidade; do outro lado, aqueles que tem condições passam a usar o automóvel, pois fica até mais barato ir de carro, dependendo da distancia e possibilidade de estacionamento.
Com o aumento do número de carros nas ruas, o transito das cidades piora. Se o número de passageiros cai e o transito piora, o lucro das empresas de ônibus se reduz. As empresas de ônibus passam então a fazer pressão por novos aumentos de tarifa. Com o novo aumento da tarifa mais gente dorme na rua e mais gente sai de carro. É um circulo vicioso.
Um circulo vicioso que traz danos para a toda a cidade. Mais pessoas dormindo nas ruas; tarifas de transporte mais altas; transito mais lento; mais poluição: queda da qualidade de vida e da produtividade urbana, com prejuízo para todas as famílias e empresas.
Para as metrópoles brasileiras é decisivo romper com esse ciclo vicioso e o caminho parece ser a gestão pública do transporte publico.
Obs: Sobre essa questão dos transportes públicos veja também, neste blog, as postagens de 18 de abril de 2009 e 28 de abril de 2009.