quarta-feira, 25 de julho de 2012

Livro: Lançamento do Vol. 5 da Série Políticas de Cultura - UERJ & Comcultura/RJ

Data: DIA 07 AGOSTO, 18h
Local: Teatro Cartola - Centro Cultural da UERJ Maracanã,

Esse volume sai publicado um  ARTIGO de minha autoria.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Rio: paisagem patrimônio mundial

A cidade do Rio de Janeiro recebeu o título da UNESCO de Patrimônio Mundial como Paisagem Cultural. A partir de agora, o Pão de Açúcar, o Corcovado, a Floresta da Tijuca, o Aterro do Flamengo, o Jardim Botânico e a praia de Copacabana, além da entrada da Baía de Guanabara, o forte e o morro do Leme, o forte de Copacabana e o Arpoador, o Parque do Flamengo e a enseada de Botafogo - locais da cidade reconhecidos com o título da UNESCO - deverão ser objeto de ações visando sua preservação enquanto paisagem cultural.

Até agora, os sítios reconhecidos como paisagem cultural eram áreas rurais, sistemas agrícolas tradicionais, jardins históricos e locais de cunho simbólico, religioso e afetivo. O reconhecimento do Rio de Janeiro traz para lista da UNESCO a paisagem cultural de uma grande metrópole, como objeto de reconhecimento patrimonial e preservação.

Nesse contexto, não se pode deixar de considerar as teorias que situam a paisagem no âmbito de uma relação entre a cultura, um fenômeno da consciência social, e o habitat humano, o mundo exterior á consciência. A noção de paisagem de valor patrimonial tem definições precisas da UNESCO, mas nem por isso a noção de paisagem cultural passa a ser tão precisa a ponto de deixar de ser objeto de reflexão do urbanismo, da geografia, da sociologia, da antropologia, da estética, enfim dos diversos campos de reflexão acadêmicos que tomam a relação entre as sociedades humanas e seu habitat como objeto de estudo.

A noção de paisagem, em si, evoca uma percepção estética que a consciência realiza do mundo exterior. Vale lembrar que a para a pintura paisagista, que ganha força a partir do renascimento, a composição se inicia coma escolha de um segmento de mundo que será representado do ângulo a partir do qual ele será representado, procedimento que estabelece o que é paisagem e o que não é.

Se toda percepção que a consciência realiza do mundo é, de fato, mediada pela cultura, o recorte estético implícito na noção de paisagem, por si mesmo, torna ainda mais evidente essa mediação cultural. A noção de paisagem pressupõe a escolha de certas partes e de certos olhares em detrimento de outros, uma seleção e valoração estética de uma parcela do mundo percebido pela visão.

Assim, na medida em que a noção de paisagem remete a escolha de um ângulo de observação, contemporaneamente, não se pode deixar de considerar que, nas múltiplas possibilidades da construção das paisagens nas mídias, nem sempre há correlação efetiva entre esses diferentes ângulos de observação, ou seja, imagens de uma cidade produzidas de um helicóptero nem sempre são corroboradas pelos passeios por dentro das cidades. Sendo assim, ainda que a visão produzida pelo helicóptero possa exercer fascínio sobre as pessoas, só a paisagem experimentada no cotidiano da cidade será capaz de consolidar relações e produzir uma imagem positiva duradoura da cidade. 

Na vida contemporânea a preocupação com a paisagem ganha força com o desenvolvimento dos meios de comunicação de imagem à distancia: a fotografia, o cinema, a televisão, a TV colorida, o sistema computador-internet. Esse desenvolvimento propiciou a divulgação das cidades e regiões associadas a divulgação de suas paisagens. Em decorrência capacidade de atração de fluxos econômicos internacionais passou a estar influenciada pela capacidade da paisagem divulgada nas mídias contribuir para uma imagem positiva de uma cidade ou região.

“A beleza se paga”. A frase cunhada por Agache, urbanista francês que elaborou o Plano do Rio de Janeiro, no final dos anos 20 do século XX, é mais atual que nunca. Com uma clarividência quase secular, Agache alertava para a importância de preservar a paisagem, se não por outro motivo, porque ela constituía um ativo econômico relevante para a cidade e seus cidadãos. A questão da paisagem leva, portanto, a reflexão sobre a interface com a temática da economia da cultura e o desenvolvimento das cidades.

Entre as atividades econômicas, não só os fluxos turísticos e a atividades imobiliárias tem como um de seus condicionantes a paisagem. As atividades de serviço, que formam o setor preponderante das economias das metrópoles contemporâneas, de um modo geral, incorporam ao valor da sua produção o valor associado a imagem do lugar onde esses serviços são produzidos.  O mesmo acontece com certos produtos que agregam alto teor de valor cultural, como, por exemplo, os da indústria da moda ou da manufatura do vinho. Nesses produtos o valor agregado, por isso, sofre a influência da projeção da imagem do lugar onde são produzidos, nas mídias globais. Como dissociar um vinho da Toscana da paisagem da Toscana publicada numa revista?

O reconhecimento da paisagem como um ativo, leva a políticas urbanas a ter como objetivo difundir, promover, preservar e, porque não, produzir a paisagem das cidades. Mas produzir paisagens, tem significado, em muitos casos, investir em projetos que tem por objetivo impregnar de uma estética marcante certas partes das cidades, o que tem sido feito com a introdução de edificações ícones ou através de projetos urbanos, elaborados por arquitetos de renome internacional. Essas intervenções introduzem uma imagem esteticamente forte nos espaços urbanos e tem sido identificado por alguns autores como uma estratégia de city marketing.

Uma coisa é preservar paisagens de valor patrimonial ou até mesmo promover o urbanismo para aprimorar as qualidades estéticas de uma cidade respeitando sua identidade cultural e seus espaços de sociabilidade pública, outra coisa muito diferente é tentar produzir paisagens impressionantes, que mais pelo inusitado (que por qualquer outro motivo)  satisfazem o ‘habitus de novidade’ da sociedade contemporânea (sobre a noção de “habitus de novidade” ver nesse blog: http://leonardomesentier.blogspot.com.br/2012/01/patrimonio-historico-cultural-o-habitus.html ).

Paisagens de valor patrimonial, de valor para identidade e memória são produzidas ao longo de um processo secular por relação de uma formação social com um sítio geográfico; nelas o valor para a identidade cultural é fruto de um processo histórico irreprodutível e a relação com as estruturas culturais da sociedade e a paisagem é produto de uma relação orgânica. Outra coisa é introduzir modismos estranhos à cultura do lugar, cuja força estética se associa mais ao estranhamento e a certa capacidade de desarticular a própria identidade do lugar, que as qualidades simbólicas ou compositivas da intervenção arquitetônico-urbanística.

No mundo da cultura, tem coisas que só a história pode fazer.

 

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Manha de autógrafos do livro Rio Cidade Criativa


Data: dia 21/07, sábado, das 10.00 às 12.00 horas,

Local: Parque das Ruínas, Rua Murtinho Nobre, 169, em Santa Teresa,

domingo, 1 de julho de 2012

Meio ambiente, grupos culturais tradicionais e luta pelo território: assassinato de pescadores em Magé, Rio de Janeiro.

Postamos abaixo o Manifesto de Repúdio ao assassinato de mais dois pescadores da Associação Homens e Mulheres do Mar (AHOMAR) Trata-se de mais um episódio de violência contra os pescadores da AHOMAR que ocorreu no último dia 22 de junho em Magé, Rio de Janeiro.

 O manifesto foi distribuído em evento na OAB e explica que a Ahomar “luta contra os impactos socioambientais gerados por grandes empreendimentos econômicos que inviabilizam a pesca artesanal na Baía de Guanabara”. Em função dessa luta e de diversas denúncias realizadas pela entidade sobre supostas violações e crimes ocorridos na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), líderes da associação teriam sido assassinados. Os dois últimos foram os pescadores Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra, mortos na semana passada na Baía de Guanabara.



Manifesto de Repúdio pelo Assassinato dos Pescadores da AHOMAR

Os movimentos sociais e organizações da sociedade civil que subscrevem o presente Manifesto expressam sua indignação pelo brutal assassinato dos pescadores artesanais Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra (Pituca), membros da Associação Homens e Mulheres do Mar (AHOMAR), da Baía de Guanabara. Exigimos que o Estado do Rio de Janeiro e o Estado Brasileiro tomem as providências imediatas para investigar os fatos, proteger e garantir a vida dos pescadores artesanais ameaçados.

Almir e Pituca eram lideranças da AHOMAR, organização de pescadores artesanais que luta contra os impactos socioambientais gerados por grandes empreendimentos econômicos que inviabilizam a pesca artesanal na Baía de Guanabara. Ambos desapareceram na sexta-feira, dia 22 de junho de 2012, quando saíram para pescar. O corpo do Almir foi encontrado no domingo, dia 24 de junho, amarrado junto ao barco que estava submerso próximo à praia de São Lourenço, em Magé, Rio de Janeiro. O corpo de João Luiz Telles (Pituca) foi encontrado na segunda-feira, dia 25 de junho, com pés e mãos amarrados e em posição fetal, próximo à praia de São Gonçalo, Rio de Janeiro.

A História de Luta da AHOMAR

A AHOMAR representa pescadores artesanais de sete municípios da Baía de Guanabara e possui 1870 associados. Desde 2007 vem denunciando sistematicamente as violações e crimes ocorridos na construção do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) um dos maiores investimentos da história da Petrobrás e parte do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).

Em 2009, os pescadores da AHOMAR ocuparam as obras de construção dos gasodutos submarinos e terrestres de transferência de GNL (Gás Natural Liquefeito) e GLP (gás liquefeito de petróleo) realizado pelo consórcio das empreiteiras GDK e Oceânica, contratadas pela Petrobras. Essa obra inviabiliza diretamente a pesca artesanal na Praia de Mauá-Magé, Baia de Guanabara, onde fica a sede da AHOMAR.

Eles ancoraram seus barcos próximos aos dutos da obra e ali permaneceram durante 38 dias. Desde então, os pescadores sofrem constantes ameaças de morte. Em maio do mesmo ano, Paulo Santos Souza, ex-tesoureiro da AHOMAR, foi brutalmente espancando em frente a sua família e assassinado com cinco tiros na cabeça. Em 2010, outro fundador da AHOMAR, Márcio Amaro, também foi assassinado em casa, em frente a sua mãe e esposa. Ambos os crimes até hoje não foram esclarecidos.

Em função da violência contra os pescadores e das constantes ameaças de morte, desde 2009 Alexandre Anderson de Souza, presidente da AHOMAR, vive com sua família sob a guarda do Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, vivendo 24 horas por dia com escolta policial. O que não impediu que Alexandre Anderson sofresse novos atentados contra a sua vida.

Intensificação das ameaças e novas mortes

No final de 2011 e início de 2012 os pescadores da AHOMAR voltaram a se mobilizar contra os impactos decorrentes das obras do COMPERJ. Com a justificativa de acelerar o cronograma de execução das obras, a Petrobras e o INEA tentaram retomar uma proposta já descartada durante o processo de licenciamento ambiental. A manobra visa transformar o Rio Guaxindiba, afluente da Baia de Guanabara, localizado na Área de Proteção Ambiental de Guapimirim, numa hidrovia para transporte de equipamentos do COMPERJ.

Conscientes da magnitude dos impactos que seriam provocados sobre a Baia de Guanabara e a pesca artesanal, os integrantes da AHOMAR denunciaram a intenção da Petrobras e lideraram uma mobilização em solidariedade ao Chefe da APA Guapimirim, Breno Herrera, ameaçado de exoneração da ICMBIO por se opor ao impacto desse empreendimento. Desde então, as ameaças aos pescadores da AHOMAR se intensificaram.

Para agravar a situação, no mês de fevereiro deste ano o Destacamento de Policiamento Ostensivo (DPO) da Praia de Mauá, onde fica a sede da AHOMAR e a residência do Alexandre Anderson, foi desativado, expondo os pescadores a novas ameaças e tornando a população local ainda mais vulnerável. Nesse período pelo menos outras três lideranças da AHOMAR foram ameaçadas de morte.

Foi neste contexto, de desarticulação da segurança pública na região e intensificação das ameaças contra os pescadores que Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra (Pituca) foram assassinados. Trata-se, portanto, de uma crônica de mortes anunciadas. Ambos foram encontrados com claras evidencias de execução.

Diante destes graves acontecimentos manifestamos toda a nossa solidariedade à AHOMAR e aos familiares dos pescadores assassinados. Ao mesmo tempo, exigimos:

  1. Que os mandantes e assassinos diretos de Almir Nogueira de Amorim e João Luiz Telles Penetra sejam identificados e responsabilizados;
  2. Que sejam concluídas as investigações pelas mortes de Paulo Santos Souza e Márcio Amaro, até hoje não esclarecidas, e que seus assassinos também sejam identificados e responsabilizados;
  3. Que sejam investigadas todas as ameaças aos pescadores artesanais da AHOMAR.
  4. A assinatura pelo Governador do Estado do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, do Decreto de institucionalização do Programa Estadual de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos;
  5. O acompanhamento da apuração dos assassinatos das lideranças aqui listadas pela Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República;
  6. O fortalecimento da proteção do Alexandre Anderson e que a escolta policial seja estendida à sua esposa, Daize Menezes de Souza;
  7. A imediata reabertura da DPO da Praia de Mauá e o Fortalecimento da Segurança Pública da região;
  8. Que a Petrobrás e as empresas a ela vinculadas no escopo das obras do COMPERJ na Baía de Guanabara negociem com a AHOMAR a justa pauta de reivindicações do movimento.

Os signatários abaixo listados seguirão denunciando os extermínios dos lutadores sociais que estão enfrentando de modo legitimo a destruição das condições de pesca artesanal na Baia da Guanabara e nas demais áreas pesqueiras do Rio de Janeiro. Igualmente, acompanharemos o processo de investigação e as providencias do governo estadual em defesa da integridade dos demais pescadores em luta. As mortes de Almir, João Luiz, Paulo e Marcio nos leva a afirmar: somos todos pescadores, somos todos militantes da AHOMAR!

Assinam:

3IN, 4 Cantos do Mundo, ABRASCO – Associação Brasileira de Saúde Coletiva, ACCION ECOLOGICA – EQUADOR, ASDUERJ, Adufrj – sind, Alternativa, Terrazul – RJ, Amigos da Terra Brasil, Amigos da Terra Internacional (ATI/FoEI), Amigos de La Tierra América Latina y Caribe (ATALC), Andes-Sn, APAPG -Associação de Pescadores e Aquicultores de Pedra de Guaratiba, APREC Ecossistemas Costeiros, APROMAC – associação de Proteção ao Meio Ambiente de CIANORTE – Paraná, APROPUCSP-Associação dos Professores da PUCSP, Articulação Antinuclear Brasileira, Articulação de Agroecologia do Rio de Janeiro, Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB), Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa, ASCAE – Associação Cultural Arte e Ecologia, ASFOC-SN – Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Fiocruz, Asociación departamental de usuários campesinos Del Meta Colombia, ASPOAN – ASSOCIACAO POTIGUAR AMIGOS DA NATUREZA, Associação “Dando as Mãos” Organização Solidária dos Assentados e Empreendedores em Geral, Associação Alternativa Terrazul, ASSOCIAÇÃO AMBIENTALISTA COPAÍBA /SP, Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais – ABGLT, Associação Brasileira Interdisciplinar de AIDS – ABIA, Associação de Moradores e Pescadores da Vila Autódromo – AMPVA, Associação dos Geógrafos Brasileiros, Comissão Pastoral da Terra (CPT), Associação dos Geógrafos Brasileiros – AGB Vitória, Associação dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis no Distrito Federal, ASIBAMA-DF, Associação dos Servidores do Ministério do Meio Ambiente, ASSOCIAÇÃO MOVIMENTO PAULO JACKSON – Ética,Justiça,Cidadania, Balcão de Direitos/Ufes, Bicuda Ecológica, Bio-Bras, Bios Iguana A.C. México, Brigadas Populares, Casa da Mulher Trabalhadora-CAMTRA, CEBES – Centro Brasileiros de Estudos de Saúde, Ceiba – AT Guatemala, CENSAT Agua Viva Colombia, Central de Movimentos Populares, Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra/ ES, Centro de Defesa dos Direitos Humanos de Petrópolis, CDDH de Petrópolis, CENTRO DE ESTUDOS AMBIENTAIS – CEA, Centro de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Extremo Sul – CEPEDES, Climaxi – movement for climate and social justice (Belgium), COECO Ceiba – Amigos d ela Tierra Costa Rica, Colectivo VientoSur (Chile), Coletivo Catarse de Comunicação (Porto Alegre – RS), Coletivo de Estudos Marxistas e Educação – COLEMARX/UFRJ, COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DA POPULAÇÃO DE TUBIACANGA – CDDPT, Comissão Paroquial de Meio Ambiente de Caetité, Comitê Acorda Amapá, Comite Departamental en defensa del Agua y la Vida de Antioquia, Colombia, Comitê Metropolitano Xingu Vivo Para Sempre, de Belém-PA, CONSULTA POPULAR, CONCA- Conselho Carioca de Cidadania, Concerned Citizens against Climate Change, Conselho Indigenista Missionário – CIMI, Regional Amazônia Ocidental, Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Conselho Indigenista Missionário Regional Mato Grosso – CIMI MT, Conselho Pastoral dos Pescadores, Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro (CRP/RJ), Corporación Ecológica y Cultural penca de Sábila/Colombia, CSP Conlutas, Defensores Públicos em Movimento – DOMOV, Econg-Ong de defesa do meio ambiente de Castilho e regiao, Environmenal Rights Action, Nigeria, Escritório de Direitos Humanos da Prelazia de São Félix do Araguaia – MT, Esplar-Centro de Pesquisa e Assessoria, FASE, FDCL – Forschungs- und Dokumentationszentrum Chile-Lateinamerika, FEDEP, FERN, Inglaterra e Belgica, Fórum Ambiental (IM/UFRRJ), Fórum Alagoano em Defesa do SUS e contra a Privatização, Fórum Comunitário do Porto, FÓRUM CONTRA A PRIVATIZAÇÃO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS DE NITERÓI, Forum de Cooperativismo Popular do Rio de Janeiro, Fórum de Saúde do Rio de Janeiro, FÓRUM DOS AFETADOS PELA INDÚSTRIA DO PETRÓLEO E PETROQUÍMICA NAS CERCANIAS DA BAIA DE GUANABARA (FAPP-BG), Fórum Mudanças Climáticas e Jusitça Social, Fórum Popular do Orçamento do Rio de Janeiro, Frente Nacional contra a Privatização da Saúde, Friends of the Earth – US, Friends of the Earth Croatia, Friends of the Earth Cyprus, Friends of the Earth England Wales and Northen Ireland, Friends of the Earth Europe, Friends of the Earth Flanders & Brussels, Friends of the Earth France, Friends of the Earth Ground Work FoE South Africa, Friends of the Earth Mauritius, Friends of the Earth Nepal, Friends of the Earth Norway, Friends of the Earth Srilanka, FULANAS: Negras da Amazônia Brasileira – NAB, Fundação Dinarco Reis, Gambá – Grupo Ambientalista da Bahia, GEEMA - Grupo deEstudos em Educação e Meio Ambiente( RJ), GERESS – GRUPO DE ESTUDO DAS RELAÇÕES ETNICORRACIAL E SERVIÇO SOCIAL, Greenpeace Brasil, Grupo Arte Fuxico do Fórum de São J. de Meriti, Grupo de Defesa Ecológica – GRUDE, Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte, GPEA-UFMT, Grupo Tortura Nunca Mais – RJ, Grupos Ecologicos de Risaralda – GER, GT Combate ao Racismo Ambiental da RBJA, GT Meio Ambiente AGB Associação dos Geógrafos Brasileiros, GT Minorias do Fórum Justiça, GT Moradia do Fórum Justiça, HUMANITAS – DH e Cidadania, INESC – Instituto de Estudos Socioeconômicos, Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas – Ibase, Instituto Búzios, Instituto Caracol, iC, Instituto de Estudos da Religião – ISER, Instituto dos Defensores dos Direitos Humanos (DDH), Instituto Humana Raça Fêmina – INHURAFE, Instituto Humanitas, Belém, Pa, Instituto Mais Democracia, Instituto Políticas Alternativas para o Cone Sul – PACS, Instituto Socioambiental (ISA), INTERSINDICAL, Jubileu Sul Américas, Jubileu Sul Brasil, Justica Ambiental, Mocambique, Justiça Global, Laboratório de Investigações em Educação, Ambiente e Sociedade (LIEAS, UFRJ), Laboratório Territorial de Manguinhos – LTM/FIOCRUZ, Mandato do Deputado Estadual Marcelo Freixo – PSOL/RJ, Mandato do Deputado Federal Chico Alencar – PSOL/RJ, Mandato do Vereador Eliomar Coelho – PSOL/RJ, Mandato da Deputada Estadual Janira Rocha – PSOL/RJ, Mariana Criola – Centro de Assessoria Jurídica Popular, MDDF – Movimento de Defesa dos Direitos dos Moradores em Favelas de Santo André, Mesa Humanitária Del Meta Colombia, Mileudefensie/Netherlands, Movimento Ambientalista Os Verdes/RS, Movimento Autonomo Utopia e Luta – Porto Alegre, Movimento dos 500 – Servidores Públicos Federais de Meio Ambiente Contra o Desmonte da Política Nacional de Meio Ambiente, MOVIMENTO DOS TRABALHADORES RURAIS SEM TERRA – MST, Movimento Nacional de Direitos Humanos, Movimento Nacional de Direitos Humanos/ ES, Movimento Nacional de Direitos Humanos/ RJ, Movimento Popular Saúde Ambiental de St Amaro-Ba, Movimento Pró-Saneamento e Meio Ambiente da Região do Parque Araruma – São João de Meriti, Movimiento Madre Tierra Honduras, MUCA- Movimento Unido dos Camelôs, NAPE – Friends of the Earth Uganda, NIEP-Marx – Núcleo Interdisciplinar de Estudos e Pesquisas Marx e o marxismo- UFF, Núcleo de Solidariedade Técnica – SOLTEC/UFRJ, Núcleo interdisciplinar de estudos da Baixada Fluminense sediado na UERJ/ Faculdade de Educação da Baixada Fluminense, Observatório do Pré-sal e da Indústria Extrativa Mineral, Observatorio Petrolero Sur, Buenos Aires, Argentina, Oil Watch International, Otros Mundos Colombia, Partido Comunista Brasileiro – PCB, Pastoral de Favelas , Plataforma Dhesca Brasil, Plataforma Interamericana de Derechos Humanos, Democracia y Desarrollo (PIDHDD), Plenária dos Movimentos Sociais, Pro Natura, Switzerland, Proam-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – São Paulo – SP, Proam-Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental – São Paulo – SP, Proceso de Comunidades Negras en Colombia PCN, Projeto Esperança de São Miguel Paulista, Projeto Políticas Públicas de Saúde – FSS/UERJ, PSOL, PSTU, Rede Axe Dudu, Rede Brasil sobre Insituições Financeiras Multilaterais, Rede Brasileira de Ecossocialistas, Rede Contra o Deserto Verde – Espírito Santo, Rede de Comunidades e Movimentos contra a Violência, Rede de Economia Solidária Complexo do Alemão, Rede de Educadores Ambientais da Baixada de Jacarepaguá, Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA), Rede Iberoamericana de Territórios Sustentáveis, Desenvolvimento e Saude, Rede Justiça nos Trilhos, Rede Mato-Grossense de Educação Ambiental, REMTEA, Rede Questão Urbana e Serviço Social, REDES – Amigos de la Tierra Uruguay, SAHABAT ALAM Malasya, SEPE, Sind Trabalhadores em Radiologia do Est SP, Sindicato dos Bancarios de Santos, Sindicato dos Quimicos Unificados, Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Xapuri – Ac, SINTUPERJ, Sociedade Angrense de Proteção Ecológica(SAPE), STVBrasil – Sociedade Terra Viva, Terra de Direitos, Terræ Organização da Sociedade Civil, The Corner House – Inglaterra, TOXISPHERA – Associação de Saúde Ambiental (Paraná), União da Juventude Comunista (UJC), Unidade Classista

Adesões Individuais:

Ana Edith Soares – Universidade Federal do Rio Grande; Andréa Zhouri – Gesta-UFMG; Angelo de Sousa Zanoni; Breno Herrera – Chefe da APA Guapimirim (RJ); Cecília C. do Amaral Mello – Professora Adjunta IPPUR/UFRJ; Charo Giménez Lambán; Cleusa dos Santos – Ess/UFRJ; Cristina Maria Macêdo de Alencar – Grupo de Pesquisa Desenvolvimento, Sociedade e Natureza (SSA-BA); Cynthia Franceska Cardoso; Dra. Mariana Clauzet – Bióloga; Edson Carneiro Indio – Coordenador Nacional da Intersindical; Eduardo Passos – Professor Associado (UFF); Eliezer João de Souza -Associação Brasileira dos expostos ao Amianto; Fernanda Giannasi – Rede Virtual-Cidadã pelo Banimento do Amianto na América Latina; Fabio Rodrigues Pitta; Felipe RubioTorgler – Colombia; Henri Acselrad – professor do IPPUR/UFRJ; Joaquim Venâncio – Fiocruz; José Rodrigues de Souza Filho; José Pedro Hardman – Vianna Advogado (RJ); Daniel Feldman Israel – Jornalista, Isabel Brasil Pereira, João Paulo Centelhas – Geógrafo e Ambientalista, José Mª Ordóñez Iriarte – Espanha, Léa Tiriba – professora (UNIRIO), Lia giraldo da silva augusto – universidade de pernambuco (upe), Luis Arcos Pérez – UFF / UNESA, Luiz Fernando Ferreira da Silva – Fundação de Educação e Saúde Mandacaru, Fortaleza (CE), Marcela Bonelli Zarurid, Marcelo Firpo – Fiocruz; Maria Gorete Neto (MG), Mario Mariano Ruiz Cardoso, mestrando – UFSCAR campus Sorocaba, Maryane Saisse LIEAS/UFRJ, Miriam Langenbach, Nicete Campos, Norma Valencio, Núcleo de Estudos e Pesquisas em Desastres/UFSCar, Patricia Rodin, Pau Soler Domenech (valencia, españa), Pedro paulo lourival carriello, Sebastião Fernandes Raulino – Professor Substituto FEBF/UERJ/Duque de Caxias – RJ, Silvia C.Leanza -Fundación Ecosur. Ecología Cultura y Educación desde los Pueblos del Sur”- Filial Patagonia Norte.- Argentina, Suenya Santos da Cruz, Tânia Mara Franco – Professora (RJ), Valéria Fernandes de Carvalho Castro – Professora-pesquisadora da Escola politécnica de Saúde Tania Pacheco – GT Combate ao Racismo Ambiental da RBJA, Virgínia Fontes – UFF/Fiocruz, Yoshiharu Saito – Pres. do Fórum Ecossocial da Baixada Fluminense, Zuleica Nycz – Conselheira do CONAMA representando a Região Sul.