quarta-feira, 30 de novembro de 2011

O rapto ideológico do suburbio - lançamento de livro

O Jogo continua: mega eventos esportivos e cidades

Está sendo lançado no Rio de Janeiro o livro "O Jogo continua: mega eventos esportivos e cidades", que tem como organizadores os professores Gilmar Mascarenhas, Glauco Bienenstein e Fernanda Sanchez. Haverá dois lançamentos, um na UERJ, dia 6 de dezembro e outro, na UFF, no dia 7 de dezembro. para detalhes ver os convites abaixo:



segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pesquisadores da FIOCRUZ e UERJ processados pela ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico.

Pesquisadores da FIOCRUZ e da UERJ estão sendo processados pela ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico, por terem denunciado publicamente os impactos ao ambiente e aos moradores nas áreas vizinhas a fabrica. Com base nas denuncias o Ministério Público entrou com uma ação contra a companhia. Segue abaixo a nota da APACSA – Articulação das Populações Atingidas pela Companhia Siderúrgica do Atlântico, que está pedindo ampla divulgação nas redes sociais.


"A ThyssenKrupp Companhia Siderúrgica do Atlântico (TKCSA) vem trazendo impactos socioambientais, com danos à saúde, ao ambiente e a renda dos pescadores e moradores de Santa Cruz. Em uma tentativa de intimidação, processa por danos morais profissionais de saúde da Fiocruz e da UERJ que estão trabalhando no caso.

"Em repúdio a isso, viemos conclamar a todos a colaborar em uma ampla divulgação das denúncias das ações da TKCSA, através das redes sociais, nacionais e estrangeiras, na defesa das seguintes reivindicações:

1. Pelo direito à liberdade de expressão;

2. Pelo fim imediato da poluição;

3. Pela indenização e reparação dos pescadores/as e moradores/as;

4. Pelo fim das isenções fiscais cedidas a empresa;

5. Não à licença de operação definitiva e ao termo de ajustamento de conduta.

No endereço eletrônico abaixo se encontram matérias sobre o processo da TKCSA contra os pesquisadores.

http://www.ensp.fiocruz.br/portal-ensp/informe/materia/?origem=1&matid=27990

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1680659-7823-MP+PEDE+PROIBICAO+DE+OPERACAO+DA+COMPANHIA+SIDERURGICA+DO+ATLANTICO,00.html

Assistam ao vídeo sobre o caso: Desenvolvimento a Ferro e Fogo na Zona Oeste do RJ.

http://www.youtube.com/watch?v=5--nTG9q0A4

Vamos fazer uma grande rede de solidariedade e de comunicação em defesa dos direitos sociais e à saúde ambiental. Junte-se a nós!"

domingo, 13 de novembro de 2011

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

Terrorismo no Rio de Janeiro e o exílio do Deputado Marcelo Freixo


Primeiro caso: Um casal é acordado com batidas na porta tarde da noite. Abre e se depara com vários milicianos armados. O líder do grupo então comunica:
- Vocês têm um comportamento inadequado para essa comunidade. Retirem-se dessa casa imediatamente. A casa agora é nossa.
Pode ter sido por fumar maconha, por causa de uma briga ou de uma festa que foi até mais tarde. O casal foi lançado na rua, no meio da noite, com apenas o que pode carregar nas mãos.

Segundo caso: Uma senhora substitui o telhado da sua casa por uma laje, pensando em futuramente fazer uma casa para o seu filho em cima da sua. No dia da inauguração da laje recebe a visita de um representante da milícia local que comunica ela que a área da laje passa a pertencer a milícia. Se alguma casa for feita, um aluguel deverá ser pago a milícia.

São casos que se pode ouvir no Rio de Janeiro, conversando com que mora em área controlada por milícias. Existem, é claro, histórias bem mais sangrentas de assassinatos e tortura, mas os relatos acima exemplificam bem o estado de opressão difuso e cotidiano que impera sobre moradores de áreas controladas por milícias.

Para ficar bem entendido: nos territórios controlados por milícias não há vigência do Estado Democrático de Direito. Pelo controle territorial que exercem as milícias impedem a livre circulação de idéias políticas e a livre associação de seus moradores para reivindicar. Significa dizer, portanto, que não há cidadania nem democracia em boa parte do território da cidade do Rio de Janeiro.

O controle territorial constitui assim uma base a partir da qual as milícias se relacionam com o sistema político. O poder exercido sobre o território garante as milícias uma importante posição de cabo eleitoral no Rio de Janeiro. Nesse sentido, a ação das milícias faz lembrar a ação de grupos para-militares na gênese histórica de fenômenos como o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália.

Soma-se que o dinheiro extorquido de comerciantes, do fornecimento de gás, do transporte, etc., garante as milícias recursos para financiar campanhas eleitorais e subornar autoridades publicas, policiais e juízes corruptos. Como a receita das milícias é proporcional ao seu controle territorial, naturalmente o projeto miliciano é controlar todo o território.

Costumam dizer os militantes de esquerda: “socialismo ou barbárie”. Pode-se parafraseá-los dizendo: “Ou Estado Democrático de Direito ou milícias”. Se as milícias avançam sobre o território deixa de haver cidadania e o Estado Democrático de Direito. Por outro lado, o desenvolvimento do Estado Democrático de Direito é incompatível com milícias; e, ainda que lentamente, a democracia avança sobre o território e, conseqüentemente, milicianos começaram a ser indiciados criminalmente, julgados e presos.

O sistema de poder miliciano se viu ameaçado e resolveu lutar com as armas que tem, armas de fogo. Assim, com o objetivo de intimidar o Estado Democrático de Direito sucede-se ações terroristas, como o assassinato da Juíza Patrícia Acioli e o plano para matar o deputado Marcelo Freixo, que o levam forçadamente ao exílio, para preservar sua vida.

Como é costumeiro ouvir em filmes sobre máfia: não é pessoal, é negócio. O problema das milícias, não é apenas o Deputado Marcelo Freixo ou a Juíza Patrícia Acioli. As milícias vão ameaçar e tentar eliminar qualquer um que faça o Estado Democrático de Direito valer sobre elas e nas áreas sobre seu controle.

Resta saber qual será a resposta que o Estado Democrático de Direito vai dar as milícias.